atualizado em Jan/ 2013

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sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007

Santa Fé do Sul

Data de inauguração - 18/10/1952
Distância de SP - 625 Kms.

A estação de Santa fé do sul, era o destino final da viagem; Depois do represamento do rio paraná nos anos 70, a antiga estação de Presidente vargas em rubinéia, que marcava o final da linha, foi submersa. A partir de então, os trens de passageiros partiam e saiam dali.

Em 1997, com a "privatidoação" das estatais, a estação foi desativada e permaneceu por vários anos abandonada, chegando quase a um desastre total.

Hoje felizmente, a estação está novamente "em pé". Completamente reformada pela prefeitura da cidade, abriga um pequeno museu em uma de suas salas, a parte externa foi totalmente pintada e deu nova cara ao prédio.

Porém, a parte triste fica por conta daquilo que os olhos veêm quando se está em sua plataforma; No "corredor" onde se lavavam os carros de passageiros, só sobraram os postes com os acionadores d'água e todos eles desgastados pelo tempo (veja foto), nem é possivel mais adentrar no corredor, o desvio foi arrancado e o mesmo acaba no nada.

É triste saber que por várias vezes, eu ali embarquei para mais uma fascinante viagem de trem, e hoje quando se olha, é só o vazio que se vê.

Um velho e abandonado carro de passageiros que ali se encontra, parece querer te fazer lembrar daqueles velhos tempos e propositalmente, até de seus olhos, uma lágrima fazer rolar.
toda vez que ali estou presente, a única coisa que me deixa contente, é o fato de ter sido um dos previlegiados que atravessaram todo o estado à bordo dos saudosos trens, contente por lembrar das pessoas que conheci e que ali desceram, contente por saber que qualquer dia destes, essas pessoas posso encontrar novamente, pois quem viveu aqueles grandes momentos, sempre estão por ali, a recordar com saudades, daqueles tempos.


As viagens de trem, eram mágicas, e por pior que fossem as acomodações (pois o desinteresse dos governos sempre foi algo absurdo), não existe alguém que viajou, e que não tenha uma história pra contar.

O sistema ferroviário, sempre foi, e ainda é, um meio de transporte importante em todo o mundo.
Grande parte da expansão e progresso do Brasil e principalmente do estado de São Paulo, se deu em função da ferrovia.
Nos dias de hoje, além do descaso, o que existe é um jogo de interesses, que só favorecem os "Tubarões" do transporte rodoviário.


Os donos de concessionárias nadam em dinheiro, que gastamos pagando seus pedágios. O "governo" do PSDB, sorri com tantos impostos arrecadados e se alivia dos aborrecimentos, que as rodovias lhe causava.


E para se vangloriar das Melhores rodovias do país, enchem a televisão com propagandas enganosas, dizendo que construiram essa e aquela outra, além do "ORGULHO" deles, que é a ARTESP.

Para aqueles, que assim como eu, tem 25 anos ou mais, dirigindo por quase todas as estradas deste estado, sabe que a malha rodoviária que existe nos dias de hoje, foi construída ao longo do tempo e não nesse governo de 16 anos de roubalheira.

Nos anos 90, toda a malha rodoviária do estado, foi recapeada, duplicada e melhorada, quando o governador do estado era o Sr. Orestes Quércia, e nem por isso, criou-se mais pedágios.


O trem, que seria uma alternativa mais barata, foi sumariamente exterminado. Foram milhares de carros de passageiros, locomotivas, prédios e outras coisas mais, que literalmente "sumiram", sem que alguém viesse à público explicar o porquê.


Milhões e milhões do dinheiro público, viraram cinzas, nas fornalhas e maçaricos que cortaram impiedosamente, tudo aquilo que fez este estado progredir.
O governo do PSDB, simplesmente foi incapaz de subsidiar esse meio de transporte, e sequer, teve coragem de colocar uma simples cláusula no contrato, obrigando as concessionárias ferroviárias, à investirem no sistema.


Pobre de nós, que temos que pagar pela atitude dos outros.
Odeio a corja política deste país, seja o partido que for, é tudo farinha do mesmo saco. Porém, jamais vou me esquecer da corja tucana, que jogou a ultima pá de terra, que sepultou definitivamente, os nossos trens de passageiros.

Darlei Teixeira.